Os planos de Deus são tão diferentes dos nossos! Quem no alto de tanta ambição e expectativa materialista que nos rodeia poderia pensar em um cenário como o que Jesus nasceu para receber o Rei dos reis? Onde poderia haver estrutura mais destoante? Do lugar mais simples, veio ao mundo a pessoa mais importante a pisar na terra.
O palco não tinha platéia, tinha convites para grupos simples (pastores), ou nobres (sábios), ou não humanos (animais); não tinha luzes artificiais, mas tinha naturais (estrelas); não tinha banquete, mas tinha água e pão, o mínimo a ser ofertado para hóspedes, ainda que nem dentro de uma casa ou hospedaria, fossem abrigados, mas em um curral. Isso tem muito a nos ensinar.
O traçado das promessas de Deus até o seu cumprimento na vinda de Jesus sempre percorreu caminhos tortuosos, permeados dentre as práticas de constante pecados do povo de Deus. Povo esse que provava em cada momento que necessitava de um Messias Redentor.
Essa base histórica é relatada desde a promessa de Deus para Noé, depois para Abraão, em seguida para Jacó, Moisés e vários profetas. nos dá garantias e uma base sólida para vivermos essas promessas por causa do que Cristo fez por nós.
Miquéias fala da Vila de Belém, repetidas nos evangelhos de Mateus e João, e esse palco improvável que apenas é um pano de fundo para o protagonismo da Grande História a nós dispensada. Temos uma identidade firmada nEle, um resgate definitivo para a vida eterna com o Pai. O Filho veio até nós, está conosco hoje, pela sua promessa e pelo Espírito Santo, em perfeita harmonia.
A pequena Vila de Belém é mais relevante que nossa vida no papel da história, mas como seres imperfeitos e antes separados em abismo de pecado, agora nos é dada a condição de chamados para viver e compartilhar essa mesa preparada por Ele para desfrutarmos por toda eternidade e termos um papel mais relevante que qualquer cenário desse mundo.
Pr. Paullo Di Castro
